domingo, 21 de julho de 2013

Uma tal de Poesia Erótica...

Olá, pessoal!

Ando um pouco sumido daqui do Devaneios & Veracidades, né?! Trabalho, estudo, festividades... Mais ao que tudo indica, eu estarei de volta de forma mais assídua brevemente.

Estou aqui para divulgar, eis o meu objetivo, os meus textos. Desta vez, encontrei na poesia uma forma de esquecer um pouco dos problemas, dos estresses e, principalmente, do tédio. Resolvi dedicar-me aos versos para abafar as angústias que estavam, só estavam, tentando me derrubar.

Dediquei-me, desta vez, a um ramo da literatura que me atrai muito: o erotismo. O erotismo, seja em prosa ou poesia, sempre me deixou estático. Cada vez que eu entro em contato com produções deste tipo, sinto-me saciado. É como se alguém me desse um copo com água, pois estou morrendo de sede. E decidi arriscar. Não sou poeta e escrevo poesias para esquecer um pouco as mazelas diárias que insistem em nos perseguir.

Não senti medo. Não estou preocupado com críticas. Como já diz Clarice Lispector em sua ''Explicação'': ''Se há indecências nas histórias a culpa não é minha. '' Creio que o erótico faz parte do nosso cotidiano. Seja através de nós mesmos. Seja através de outros meios.

Antes que me perguntem se estes versos mantêm algum vínculo com as minhas particularidades, sou categórico: sim e não. Não posso dizer que tais versos não respondem por mim. Assim eu estarei mentindo (e eu odeio mentiras). A minha fama de estranho, vai crescer. Além do mais, eu escrevi poemas eróticos e com traços gays. Pouco me importa as críticas e/ou pedras que irão atirar. Não me preocupo com a recepção e nem com os compartilhamentos. A literatura representa muita coisa para mim. Sempre me senti livre para escrever, discorrer e aceitar o que quiser. Não quero limitações. Quero liberdade. Quero aquela sensação de fome saciada.

No mais apresento abaixo os poemas que compus. Não estão perfeitos, pois, como eu disse, não sou poeta. Sou um admirador de versos e de situações cotidianas transpostas para estas composições poéticas. Sintam-se livres para atirarem flores ou pedras. Ambas as situações já significam muito para mim.

Obrigado!

Desapego

Prometeu voltar e encher as minhas nádegas de prazer.
Pura mentira! O meu amor nem um bilhetinho me enviou.
Cafajeste!, gritei. Rasguei duas almofadas: ritual de pura
vingança. Quero me vingar de você, filho da puta!
Não se faz isso com quem diariamente te jura amor.
Ah, quero te mandar para os quintos do infernos!
Quero defecar nesta tua cara de lambe chão.
Chutar as tuas bolas para comemorar o meu milésimo
gol: comemorar a minha vingança (que não sai do papel).
Antônio, desgraçado, vou me vingar de ti!
Minhas nádegas se preparam para te nocautear intensamente.
Não consigo controlar minha raiva.
Antônio, filho da puta!
Antônio, não adianta me olhar com esta cara de arrependimento.
Te mandarei para o inferno, não irás saciar a tua fome com as minhas
nádegas. Você lamberá os meus pés. E eu lamberei o teu cilindro.
A tua válvula de escape. Mas as minhas nádegas, meu bem, não
terás nunca mais.

Amor Perfeito

Adeus. Partirei atrás de meu amor.
Não voltou. Não deu mais notícias.
Adeus. Partirei atrás do meu sexo.
Quero tê-lo. Quero devorá-lo.
Adeus. Partirei atrás de minha vergonha.
Por te amar demais. Por não esquecê-lo.
Adeus. Simplesmente adeus.
Não partirei. Não vou correr atrás
do meu amor
não quero notícias
não tenho mais vergonha
esqueci-o completamente.
Irei saciar o meu desejo com as minhas próprias mãos.
Ou eu não atenderei mais pelo meu nome: redentor do meu corpo.

Mata Fome

Quero chupar as partes que se encontram
escondidas em países já conhecidos.
Que espécie de amor é esse? Recolhe-se
todo para não saciar a minha sede.
Me mate de prazer! Enche esta minha boca
com as águas mais límpidas de teu corpo.
Aprisiona-me em teus braços espinhosos e
cavalgue sobre este meu corpo cansado de
chatices, amores difíceis. Rompe esta camada
de petróleo, sangue estancando, bule sem café,
leite derramado. Sacia esta minha fome por carnes e
molhos regados à pimentas fortes, alhos, cebolas e coentros
verdinhos (assim como a minha esperança).
Espero-te, amado meu. Espero que você surja para, enfim,
podermos matar esta sede, esta fome e esta transloucada vontade
de sentir-se livre.

Decepção

Espero desde a fragilidade dos meus desejos,
o teu olhar estremecedor.
Já te cultuei tantas vezes que, quando nos
rendemos as armadilhas do amor,
descobri que não eras
o que eu esperava.
Desejo, mais que tudo, que desapareças
de minha vida.
Não quero que atrapalhes os meus instintos
amorosos-selvagens em que o meu corpo
clama por corpos
indescritíveis.
Se você não for, sem problema.
Desapareces do meu pensamento.

Uma Quase Confissão

Queria que o meu amor descobrisse o quanto eu o amo.
Esse amor secreto corrói tudo que vê pela frente.
Amo-te calado, em silêncio. Demonstro com atitudes
pueris e nenhuma forma te encaminha ao meu encontro.
Truques antigos: não servem.
Novas tecnologias: não te atraem.
Farei um outdoor e nele colocarei:
- Eu te amo, mesmo que não me ames!
E prosseguirei:
- Amo-te desde a juventude do meu coração, desde a
infância do meu corpo, desde a virgindade dos meus lábios.
Te deixarei tão curioso que quando olhares para o canto do
outdoor, lá estará assinado:
Daquele que te ama,
Secreto Amor.

Prazeres

Do sexo eu retiro toda sua tonicidade.
Forte, estarrecedor e digno de um
desfrute, o sexo é o melhor exercício
para os apaixonados.
Quando nos entregamos as delícias
do sexo, as gangorras despertam
todos os mecanismos para o ápice
do prazer.
Felizes daqueles que despertam os
prazeres sexuais! Deleitar-se com
os sabores que o corpo proporciona,
é a melhor forma de reconhecer que
duas pessoas nutrem-se do mais
instigante alimento para, enfim,
serem donas do seu próprio
destino.

Ofegante Desejo

Eu sempre desejei-te.
Lembro-me dos diversos
sonhos que tive contigo
e acordava ofegante,
trêmulo e risonho.
Descobri que não amavas
pessoas assim como eu:
Alegre demais
Sorridente demais
Sofrível demais.
Passavas noites e noites
pelas ruas e eu, tristonho,
caía em desespero.
Praticavas as mais loucas
orgias e eu não aceitava
que me traísses com aquelas
mulheres de seios fartos.
Depois do meu segredo revelado
peço, insistentemente, a Deus:
na minha próxima vida, quero
nascer meretriz.

Arrependimento

Quero a extrema unção.
Liberta-me, Grandíssimo,
dessa escuridão que assola o meu coração.
Desejei a morte e a morte não veio.
Clamo por sua foice.
Quero sentir sua lâmina cortar meu pescoço e,
quando o sangue jorrar, que fiques me admirando
e que chores de arrependimento.
Que me consumisse em vida.

Em morte, deixe com os insetos.


* Vamos lá, pessoal! Deixem os seus comentários. Este aprendiz na arte de versificar agradece! :D