terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Falsas Apostas

    Mesmo com pouco tempo de vida, eu tenho todo direito sobre as apostas que já fiz com a minha vida. E em matéria de arriscar-se, de doar-se, de se entregar seja pela metade ou por inteiro, eu me conheço muito bem. Corriqueiramente, nós estamos apostando com a vida: ganhar, sonhar, usufruir de tudo de bom que a vida pode proporcionar. Mas nem sempre sai como planejado. Nós estamos sempre desafiando nosso interior e temos que seguir apostando sem saber como será o dia de amanhã.


''Lágrimas se fazem presentes quando a aposta não sai como planejada.''

    Apostamos em nossos sonhos: sempre queremos aquilo que nos deleita, que nos faz sentir bem. Planejamos, pensamos, lutamos e cremos que seremos eternamente felizes. Apostamos em nossos amores: temos a ridícula ilusão de que tudo será eterno e só com a queda é que descobrimos que nem os amores são eternos. Apostamos no sucesso: somos hostilizados e defendemos com unhas e dentes tudo que pode nos transmitir estrelismo e afeto. Apostamos e apostamos errado. Esquecem que, na vida, não se aposta. Não podemos brincar com o destino e muito menos com a ordem das coisas. Em vida, nós esperamos o tempo corresponder com aquilo que imaginamos e que lutamos para concretizar-se. E cantamos. E dançamos. E choramos. Lágrimas se fazem presente quando a aposta não sai como planejada.

    Acho tão engraçado quando as pessoas quebram a cara. Quando apostam em coisas frívolas e não imaginam coisas boas. Engraçadas são as pessoas que alimentam a alma com porcarias e depois choram, choram e choram por aquilo que não se conquistou. Contudo, choro de emoção quando vejo pessoas que conseguiram seus objetivos. Eu me sinto completamente saciado com as pessoas que lutam por seus ideais sem apostas e convicções mesquinhas. Não quero ser algoz e muito menos manhoso: só quero que a vida seja mais aceita, mais moralista, mais prazerosa de se viver. Só quero que as pessoas aceitem a vida do jeitinho que o destino traça: cheia de erros e acertos. Cheia de abraços e sorrisos. Cheia de beijos e velas. Viver a vida de maneira natural, esplêndida, feliz. Chega de apostas que só nos faz quebrar a cara, que nos faz  expelir lágrimas de dor. 

'''Chega de apostas que só nos faz quebrar a cara , que nos faz expelir lágrimas de dor.''

    Chega de apostas que não leva a lugar nenhum. Dê tempo ao tempo. Tempo não cura, tempo não dorme: tempo alivia. É um labirinto onde você precisa passar por diversas situações tristes e felizes para poder, finalmente, conseguir aquilo que mais engrandece a vida: a felicidade. Mãe de todos os sentimentos, a felicidade não faz apostas: ela se faz presente. Só falta você descobrir qual é a senha que a faz acordar.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Chegamos ao ápice do constragimento

    Desde criança, o meu sonho era cursar Letras. Eu amava os meus livros, as palavras, as classes gramaticais, as minhas professoras. Enfim, eu cultuava e sentia um enorme prazer pela Língua Portuguesa. Outro sonho que também me consumia era um dia me tornar escritor, ser reconhecido e desfrutar de um prestígio que só quem escreve sabe do que estou falando.

    O tempo passa e cá estou: cursando Letras, escrevendo neste blog e sendo aclamado por amigos e visitantes desconhecidos. O que agradeço muito. Afinal, é muito difícil conseguir boas críticas em um país que está constantemente em competitividade.

Academia Brasileira de Letras
    Como já disse Drummond: ''Lutar com palavras é a luta mais vã.'' Mais vão ainda é lutar contra os constrangimentos que este país me faz passar com seus políticos corruptos, pela falta de assistência à população, pelo desrespeito ao professor, a educação, saúde e outros meios. Contudo, hoje quem me faz sentir vergonha é a Academia Brasileira de Letras. Aceitaria quase tudo, mas conceder um prêmio a um jogador de futebol é brincar de ser leão em terra de abelha.

    Não aceito. Faço parte da mínima porcentagem de brasileiros que odeia futebol. Sei que tal esporte nada tem a ver com isso, mas premiar alguém só por que ele corre atrás de uma bola e prestigia nosso país com gols já é demais. Alguém conseguiu entender? Eu não entendo e nunca entenderei. Além do mais, o prêmio recebe o nome do nosso imortal e grandioso Machado de Assis. 

Jogador Ronaldinho Gaúcho e a medalha que recebeu da Academia Brasileira de Letras. 
     Lamentável ver isso: tantos cientistas, escritores, pessoas públicas que lutam para que as leis sejam cumpridas são meramente postas de escanteio, pois o premiado da vez foi Ronaldinho Gaúcho e seus gols que só deram estrelas a bandeira brasileira. Será que tal jogador sabe quem foi Machado de Assis? Quais obras ele publicou? Sua história de vida? Ou melhor: será que Ronaldinho Gaúcho leu alguma obra de Machado de Assis? São dúvidas que nunca saberei responder.

    Quem receberá a próxima medalha? Afinal o prêmio é concedido ''a pessoas que muito contribuíram pela cultura e as letras no país.'' Vamos assistir mais um episódio e observar que nem sempre as coisas saem como previstas. Sinto orgulho de Machado de Assis, um dos fundadores da ABL. Clamo por todos que lá estão, pois estes sim contribuíram com a cultura e, principalmente, com as letras do Brasil com seus escritos e descobertas. Sentir orgulho deste país, por completo, é algo que nunca partirá de minha pessoa. Enquanto vangloriarmos quem não merece, estaremos enterrando vivos quem realmente merecia um prêmio e, quem sabe, até uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. 

    Portanto, vamos continuar assim: fingindo que tudo está muito bem. Que tudo neste país é aceitável. Passando vergonha por quem não está contribuindo com as Letras do Brasil. 

domingo, 29 de janeiro de 2012

Agradecimento

    O bom da vida é agradecer a Deus por aquilo que se conquista. E em matéria de vida, eu consegui montar meus quebra-cabeças de forma coerente, precisa, ilimitada. Muitos me classificam como diferente. Acham meu comportamento divergente dos outros, que não preciso me submeter ao ridículo para impressionar, conquistar ou até mesmo me impor perante outras pessoas. Elogiam minha sinceridade. Riem das minhas histórias loucas. Preocupam-se comigo nos momentos alegres e tristes e criticam meu jeito chato de ser.

    Só tenho a agradecer por ter essas pessoas ao meu lado. Pessoas que me compreendem e me aceitam assim, do jeitinho que sou, sem malícias e ironias, sem desafetos e incompreensões. Viver se torna mais fácil quando nos submetemos ao essencial da vida: àqueles momentos em que preocupações ficam de escanteio, em que todos são apenas um, onde o sorriso é a chave-mestre para o convívio de todos os dias. Agradeço, pois sem os meus amigos, eu não teria tanta força para seguir em frente, em caminhar entre os céus da amizade.

''Agradeço, pois sem os meus amigos, eu não teria tanta força para seguir em frente.''

    Valorize quem te trata com seriedade e respeito. Utilize da mesma receita para conquistar a todos. Que façamos dos bons momentos, os meios necessários para a satisfação pessoal, social e fraternal. Deixe-se fluir por aqueles que querem teu bem, tua audácia, teu sorriso. E ame. Amar é a forma mais prudente de seguir em frente. Sem olhar para trás. Sem chorar. Sem se lamentar. Sem hipocrisia.

A maneira de se obter felicidade, isso pouco importa: o importante é você cultivar, regar e cuidar. Cuide da terra para que, futuramente, bons frutos possam ser colhidos.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Hilda Hilst: a voz da audácia

    O obsceno sempre foi um fator que, para muitos, é sinônimo de vergonha. Eu nunca me preocupei com quem escreve ou com quem fala obscenidades. Em nossa literatura, possuímos uma grande representante deste fato: Hilda Hilst. Uma das maiores vozes de nossa Literatura, Hilda é constantemente associada ao obsceno. 
    Hilda entrou em minha vida durante o meu ensino médio. Lia alguns de seus poemas pela internet. Achava aquilo fascinante! Para mim, a autora trata de erotismo, obscenidade e outras coisas consideradas ''imorais'' pela sociedade, de forma inigualável.  Em dos meus períodos na Faculdade, dediquei um semestre para ler e admirar seus versos, escritos e pensamentos.

Hilda Hilst foi poetisa, escritora e dramaturga brasileira*
    Hilda Hilst nasceu no dia 21 de abril de 1930, em Jaú - São Paulo. Filha única de Apolônio de Almeida Prado Hilst, fazendeiro de café, jornalista, poeta e ensaísta e de Bedecilda Vaz Cardoso, filha de imigrantes portugueses. Hilda formou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde conheceu sua melhor amiga, também escritora, Lygia Fagundes Telles. Teve seu primeiro livro, Presságio, publicado em 1950. Um ano depois publica seu segundo livro de poesias: Balada de Alzira. Dedicou seu tempo de criação literária na Casa do Sol, uma chácara próxima a Campinas, em 1966. Hilda abrigou vários escritores e amigos (dentre eles, Caio Fernando Abreu) por vários anos.
   Por quase 50 anos de dedicação à arte literária, foi agraciada com os mais importantes prêmios literários do Brasil. Temas considerados controversos como o lesbianismo, homossexualismo, pedofilia foram temas abordados pela autora em suas obras. No entanto, conforme a própria escritora confessou em sua entrevista ao Cadernos de Literatura Brasileira: ''seu trabalho sempre buscou, essencialmente, retratar a difícil relação entre Deus e o homem.''
    Hilda Hilst faleceu no dia 4 de fevereiro de 2004. Após o seu falecimento, seu amigo Mauro Fuentes liderou a criação do Instituto Hilda Hilst (http://www.hildahilst.com.br/) tendo como objetivo a manutenção da Casa do Sol, seu acervo e o espírito de ser um porto seguro para a criação intelectual.

A atriz  Rosaly Papadopol  na pele de Hilda Hilst no espetáculo ''Hilda Hilst, O Espírito da Coisa'''
    Ler Hilda Hilst é identificar-se com o que profundamente sentimos. A autora trata de assuntos que poucos tiveram a ousadia de relatar em seus escritos. Hilda é verdadeira, corajosa, lírica, sarcástica. Apesar de muitos a criticarem, eu a admiro por sua ousadia, por sua competência e sagacidade. Hilda Hilst: a voz que fala sem medo, incoerência e digna das palmas mais calorosas. Abaixo, os meus versos para esta grande Dama da Literatura Brasileira.

Versos para Hilda Hilst


Hilda habita em mim com todo seu ar de mulher indomável.
Coragem, doce coragem, de relatar as aventuras humanas
sem se preocupar com o amanhã.
Como eu te amo, Lóri de minha poesia! Se estivesses entre
nós, doce coragem, eu casaria com você.
Não me importaria com a idade. Todo sentimento cresce,
evolui, transparece em meus olhos cálidos, de homem 
que sofre com as injustiças, assim como você, doce acre
de minha sina.
Se aparecer alguém que fale mais belo que você, não te preocupes:
não cederei e o casório não ocorrerá.
Espera por mim e te provo todo o meu amor.
Versos faço para ti.
O meu amor, para sempre, será para ti.






Fonte: Wikipédia (em relação aos dados biográficos)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O meu amor por Maca: Macabéa.

   Eu sou uma pessoa apaixonada por livros. E isso não é segredo para ninguém: quem me conhece sabe que sou um grande admirador dos livros. Acho que esse foi um dos motivos que me levaram ao curso de Letras. Desfrutar do universo das palavras sempre me instigou muito.

   O que também não é novidade para ninguém é a minha admiração e amor por Clarice Lispector. Fã de suas obras, conheci a autora ainda no meu ensino fundamental. Lia seus contos, mesmo de forma esporádica, nos livros didáticos. Como eu me deliciava! E o deleite alcançou o seu estopim quando eu passei a ler seus romances. 

  Lembro-me perfeitamente o primeiro de li: Perto do Coração Selvagem. Além de ser o primeiro romance de Clarice, foi a minha primeira experiência romanesca com a autora. Como eu me identifiquei com aquela protagonista, a Joana. E, assim, se sucederam Água Viva, A Maçã no Escuro, Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, A Paixão Segundo G.H. e a A Hora da Estrela. Este último, por sua vez, foi o que me causou mais impacto. Como eu fiquei estarrecido com a história de Macabéa. Como esta humilde personagem mexeu comigo, fortemente.

(Marcélia Cartaxo, atriz paraibana, na pele de 'Macabéa' no filme ''A Hora da Estrela'', de Suzana Amaral. (Brasil,  1985)
A história da nordestina Macabéa, narrada por Rodrigo S.M., datilógrafa que migra para o Rio de Janeiro, onde se apaixona por Olímpico de Jesus. Os sucessivos enredos nos prende a atenção: a perda deste para Glória (sua companheira de trabalho), a de  ida de Maca à cartomante, seus sonhos, desejos e vontades, sua morte. Poucos romances me fazem chorar, mas com A Hora da Estrela foi diferente: como eu derramei lágrimas por Macabéa. Maca sempre será, para mim, uma das grandes personagens de nossa Literatura.

   Li A Hora da Estrela em dois dias. Foram os dois dias mais prazerosos de minha vida. Um prazer em ler, deliciar-se com palavras puras, singelas, encantadoras. Macabéa nos emociona, nos diverte, apaixona. E prosseguirei minhas leituras de Clarice. Muitas Macabéas podem surgir, mas só esta me emocionará profundamente. Macabéa. Vida e amor incomensuráveis. 

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Respeito Desabafado*

    Certa vez, me perguntaram qual o método utilizado por mim para conseguir carinho, admiração e respeito. Não consigo responder e fico até meio sem jeito quando me submetem a tal elogio. Costumo falar (pelo menos tento) que não há um método específico e que o respeito é o mestre dessa união ''amigável''. Dizem, também, que eu possuo um status diferente, que não preciso me submeter ao ridículo para poder demonstrar o que verdadeiramente sou e não faço das palavras de baixo calão (ou até mesmo certas atitudes luxuriosas) para poder ser aceito no bando e sair caminhando como se nada tivesse acontecendo. Brasileiro nato, vou seguindo com esse meu jeito modesto de aceitar tais elogios e práticas. 
     Muitos dos meus amigos me consideram diferente. Vamos aos casos.
   Primeiramente: não sou de me jogar em afetações e melodramas para poder ser reconhecido. Por isso, consigo entender que não é necessário passar por situações ridículas para ser admirado e que meus amigos tenham ataques de risos por esse meu jeito extravagante de ser. Eu acho que para você ser aceito é só ser respeitoso, atencioso e sério. Nunca gostei de brincadeiras que envolvam minha personalidade íntima e nem pelo meu gosto tão vivo hoje em nossa sociedade. Segundo: não sou de falar coisas que envolvam sexo, palavrões e certo grau de ''dar em cima''. Falam que eu, mesmo possuindo esse dom fantástico de possuir certa igualdade com as mulheres, não tenho tanta obscuridade para tal causa. Meus amigos sabem que eu detesto quando uma pessoa me vir conversando, andando ou praticando outros gerúndios com amigos e confundem com outra coisa. É nesse ponto que eu concordo com o que tanto falam: sou diferente. Acho que você possuir o rótulo ''homem que gosta de homem'' não significa que todos os meninos são seus ficantes, namorados ou qualquer outra moda que tenham inventado e eu, por possuir certa meiguice, desconheço. Terceiro: contam que eu sou chato e consigo, ao mesmo tempo, possuir certo humor com as minhas histórias e situações. Meus caros, todos nós passamos por momentos difíceis, tristes, lamentosos e risonhos. Eu tenho uma rica história de vida e cá entre nós: muitos só sabem dos meus mistérios, pois, os revelo. Sempre preferi ocultar minhas situações. Revelo por cara de pau mesmo: todo ser humano adora alimentar-se com a vida de outro ser humano, então, solidário como sou eu conto minhas aventuras (não tudo, isso é óbvio!). São tantas coisas para contar, mas como já disse não revelo tudo. 
    O bom da vida é você fazer mistérios e ser elogiado. Elogiam-me por ser diferente e eu agradeço de forma igualitária, pois se sou tão adorado e querido, isso se deve a uma única coisa: RESPEITO. Com esse ingrediente fundamental da vida, nós conseguimos seguir em frente e construir grandes laços seja de amizade seja de companheirismo. Não sei receber elogios e muito menos sei me comportar de forma tão mesquinha. 
    Portanto, respeite o próximo e veja a diferença surgir. Você não precisa de razões abruptas e sim de razões concretas, verídicas, simplórias. Receber e dar abraços calorosos, andar, sair, curtir, farrear com amigos nunca é demais quando deixamos o respeito ser a chave fundamental da porta da vida, da janela da alma. Respeitar e receber em troca diversas formas de carinho e admiração, realmente, não há nada igual. De igualdade só o respeito.


*Dedico este texto para os meus amigos Kleissa Ramalho, Felipe Valentim, Tássia Raphaelle, Jayonara Lima, Mirla Farias e para todos aqueles que me entendem, profundamente.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Em busca de uma definição para o amor

    A culpa não é sua. É minha. Não consigo disfarçar e mesmo assim, continuo pensando em ti, fazendo de tudo para que você se aproxime de mim. Não é de meu caráter revelar sentimentos tão controversos, mas de uma coisa tenho certeza: não me dedicarei mais a uma pessoa que não consegue aceitar todas as minhas investidas e atitudes persistentes. 
    A sua ausência já se tornou algo tão aceitável, que eu mesmo irei resolver isso com um novo amor. Pode até demorar, mas um novo amor irá surgir para me mostrar e me definir o que é felicidade. Para o meu bem, não me venha com propostas medonhas ou com juramentos surreais: eu serei aquele que te ensinará que cada lágrima que derramamos por pessoas que não sabe nos valorizar, dói mais que uma bofetada, dói mais que queimadura. 
    A dor não é nada perante as lágrimas que escorrem por rostos e a cada lágrima que seca, uma lição: o amor também tem seus momentos de seca. Momentos esses que podem, sim, ser esquecidos. O tempo não apagará, mas nos ajudará a esquecer. 
    Esquecer esses maus momentos de sofrimento e ilusão, que nos ensinam a amar errado, a nos compreender errado, a lutarmos errado. 
    O amor ensina, mas também atrapalha. Não serei tolo. Não serei idiota de acreditar que o amor é eterno. Eterna é a nossa lembrança. Ame, esqueça e lute: só não se entregue tão fácil as armadilhas do amor.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Pense bem antes de agir

    Quem me conhece sabe: sou aquele tipo de pessoa que sempre está disposto a ouvir, confortar e aconselhar para, no fim, ver um sorriso estampado no rosto de quem está precisando. Nem sempre compreendem o fato de eu ser tão companheiro e manipulam meu gesto caridoso perante ao meu semelhante.

    Tudo começa quando alguém, sem um motivo aparente, quer descarregar sua ira em mim. O que eu tenho a ver com os problemas alheios? Acho isso tão ridículo que aguento calado e fico martelando o ocorrido na minha cabeça engenhosa de pessoa sábia.

    Todos possuem problemas. Penso: se eu for descarregar toda minha raiva em cima dos outros, o que eu estarei praticando? Injustiças. Ninguém é obrigado a receber gritos, pontapés e passa-foras por causa dos problemas alheios. Esquecem que cada ser é uma pessoa diferente. Esquecem que ninguém tem participação nas insatisfações vitais que surgem. Descarregar ira sobre os inocentes é cavar a própria cova e  cobri-la de merda. 

    A grande maioria não age como eu: que aguento tudo seriamente, recluso, calado. Existem pessoas que revidam com mais ira ainda. Nem tudo na vida são as sete cores do arco-íris. Um dia também posso mudar. Provarei que quem age com ira sobre inocentes também provará de minha ira. Tenho cara de idiota, mas bem lá no fundo existe um animal indômito que nem eu, pobre mortal em transformação, consigo controlar.

    Agir sem pensar exige competência e audácia. Por isso, pense muitíssimo bem antes de me sobrecarregar com sua ira. Ou receberás o dobro em troca. 

sábado, 21 de janeiro de 2012

Decepções & Frustrações

    Muitas vezes, a melhor maneira de encarar a vida é rever seus conceitos em relação à mesma. E estou voltando deste estado de transe em que, da minha vida, descobri o que era impossível de ser descoberto. Agarrei-me com todas as forças e percebi que minha vida precisava ser reciclada. Reciclei amigos. Reciclei familiares. Reciclei-me com amores, paixões e coisas passageiras. Reciclei-me perante Deus. Descobri que eu estava precisando modificar conceitos, distribuir afetos e compaixões entre aqueles que não me queriam bem. Restringir-me ao máximo. Isolei-me de todos para poder reciclar o meu interior. Percebi que não foi em vão. Tenho certeza que durante essa minha passagem terrestre, o que mais me proporcionará prazer são os bons momentos que estou vivendo. Graças a essa reciclagem profunda, pude perceber que eu não sou tão adorado assim e comecei a valorizar mais quem estava se importando comigo. Descobri que as pessoas mais próximas são as mais hipócritas. Que, em relação aos bons amigos, sempre serão os mais confiáveis. Voltei de um coma profundo em que as descobertas e frustrações são as lições mais verdadeiras que levarei comigo. E que os sonhos irão prevalecer. Que os amigos serão os mais adorados. Que a minha vida será uma eterna descoberta. Viver é ultrapassar os limites da decepção e, mesmo assim, ter forças suficientes para continuar na jornada. Nada é tardio. É tudo questão de aproveitamento.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Luíza está(va) no Canadá, mas a realidade é mesma

   Não consigo entender. Uma simples frase e as pessoas a propagam, espalham ao vento e festejam como se fosse mais uma data comemorativa posta em nosso calendário. Criam certas modas na internet que, para ser altamente sincero, enchem o saco e de certa forma revoltam.

   A grande maioria das postagens, hoje, da internet dedicam tempo e espaço para ''menos Luíza que está no Canadá.'' Quanta babaquice! As pessoas a cada dia que passa se dedicam mais a essas futilidades frívolas que não levam a lugar algum. Estou cansado de ver usuários criarem muitas frases sem sentido e completá-las com esta frase totalmente sem nexo.

   Respeito quem gosta, mas não posso ser tão ridículo ao ponto de achar isso engraçado ou interessante. Não acho. Acho uma perca de tempo total. Enquanto Luíza está no Canadá, nós estamos aqui no Brasil sem saúde, sem educação e sem políticos sérios. E nós fazemos o quê? NADA! (como sempre, só para constar) Ninguém vai as redes sociais protestar, compor músicas, dancinhas ou outras coisas para reivindicar nossos direitos. Se continuarmos assim, o Brasil se tornará o país das ''Celebridades'' instantâneas. Aliás, somos um país de todos não é mesmo? Claro que não! Um país em que a minoria luta por seus ideais, tenho que assistir passivamente milhões de pessoas aplaudirem Luíza por que ela estava no Canadá.

   Luíza voltou. Todos a idolatram. A realidade brasileira é a mesma desde que ela foi para lá. Agora todos voltaram as suas rotinas diárias: aceitar tudo como está. Horrorizar-se com massacres, discriminações, roubos e outras coisas feias que mancham nosso país. Voltamos a realidade em que a educação não é prioridade. A saúde não é para todos. Os políticos roubam e riem de nós, meros eleitores tachados de idiotas. Mas para a grande maioria está tudo bem. Tudo numa boa. Enquanto idolatram a Luíza, nós, brasileiros, ficamos à míngua. Volta Luíza! Volta. É muito melhor está no Canadá para receber as provas de carinho desses brasileiros que te veneram. Enquanto isso, nós vamos sentar e esperar qual será a próxima celebridade que vão aplaudir. 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Aprender a aceitar: complicado, mas não difícil.

   Não conseguem expressar o que sentem. Não existe vergonha nenhuma em expelir aquilo que sentimos, aquilo que não deixa o coração em paz. Criam motivos mesquinhos e não expressam o que verdadeiramente sentem por medo, vergonha e outras coisinhas tolas.

   O que sentimos é tão natural. É típico da raça humana fazer o coração bater forte, sentir-se angustiado e prazeroso. O que pessoas têm que entender é que sentimento é o mais belo vínculo que construímos perante outra pessoa. Esquecem que amar é impor respeito. Ser fraternal é a dádiva mais simplória que existe. Possuir sinceridade é uma pequena caixa que no momento de abertura saem grandes provas de caráter e amizade. Mas esquecem. Esquecem de tudo isto. Continuam tratando o semelhante de forma suja, feia, imprópria. Não aceitam o fato de todos possuírem suas diferenças. E assistimos atônitos massacres, violências, perseguições, intolerâncias e outros milhões de desafetos.

   Todos nós temos uma ideia de preconceito. O mínimo que seja, o preconceito é uma opinião sem nexo, sem fundamento. Certo, vocês devem está se perguntando: ''Ah, mas eu vou ter que aceitar tudo?'' Claro que não! O que está em jogo é o respeito. Não devemos excluir certas camadas sociais pelo simples fato de eu não aceitar a forma que certa porção populacional escolheu viver, comportar-se e, muito menos, por meu semelhante amar uma pessoa do mesmo sexo. Cor não determina quem possui mais prestígio. Orientação sexual não determina moléstia. Possuir menos dinheiro na carteira não significa exclusão. 

   Meus caros, o caminho por qual devemos seguir é do respeito. Excluem o respeito de suas vidas diárias e insistem em disseminar ódio, preconceito, discriminação. Amar e expressar esse amor, seja pela família seja pela sociedade, é a forma mais bela que o ser humano tem para  provar sua capacidade de pensar e preocupar-se com o outro. Não envergonhar-se de expressar o que sente é conquistar a felicidade entre as truculências e intolerâncias humanas.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Do zero em diante

    De volta. Não esqueci do meu fado. Apenas dei um tempo para mim. Tempo necessário para adquirir ideias, afetos e aventuras. Descansei. Reciclei-me. Quero começar do zero. Do início é mais gostoso. Não sei o motivo da minha quase desistência, mas achei tão importante dedicar-me a mim. 


    Tudo passado. O que passou só retorna na memória. E estou aqui para falar o que penso, o que sinto, o que revolta, o que me angustia. De volta. Do início. Feliz e com um gás indescritível.
           
    Portanto, boas-vindas para mim! E vamos às palavras que tanto nos completam e nos traz felicidade.