domingo, 28 de outubro de 2012

Eternidade

Meu nome é saudade. O nome do que se foi também é saudade. Quando pessoas nos proporcionam aprendizados, passamos a resguardá-las. Um carinho imenso. Uma admiração indescritível. Um eterno sentimento de gratidão.

Quantas vezes cheguei em suas aulas para adquirir conhecimento? Quantas vezes me senti alucinado pelas teorias e análises? Quantas vezes dediquei-me as mais estupendas lições? Quantas vezes?!


É. O tempo passa. Os meus caminhos são mais instigantes depois que me apresentastes o sentido da palavra persistência. Tu mostravas que desistir não engrandece. E com poucas palavras fazias eu buscar forças para seguir em frente.

Professor Cléber, sinto-me tão agradecido. Agradeço ao meu Deus por ter me apresentado um Mestre na arte de ensinar. Um Mestre na arte de ser. Um Mestre na arte de humildade. Estas singelas palavras representam toda a minha admiração e carinho que sinto por ti. Descansas no mais belo lugar, rodeados de boas vibrações. Nunca esquecerei da pessoa e do grande profissional que és. Eu, um mero aluno, agradeço-te pelas aprendizagens. Não. Você não se chama saudade. Você se chama eternidade.

Descansas em paz.  Em paz permaneces.

sábado, 18 de agosto de 2012

A melhor resposta

É indiscutível: sou uma pessoa difícil para convivência. Possuo certas posições em relação a sociedade que muitas pessoas não aceitam e ainda me rotulam como idiota. De onde vem tanta insatisfação? Não sei ao certo. Só sei que busco a verdade, sempre manterei a minha sinceridade e quero ao meu lado pessoas verídicas.

Tudo começa quando passam a generalizar fatos e opiniões. Não gosto de receber estigmas. Rótulos não me interessam e não aceito ser incluído em grupos que não realçam minha índole. Possuo um caráter e sou vangloriado por possuir atitudes que destacam o meu jeito de ser. 



Sou estranho, concordo. Se minha estranheza causa tanto rebuliço, então gostaria de saber o porquê de me incluir em opiniões sujas. Não que eu seja diferente, cético ou qualquer adjetivo que me faça uma pessoa inocente. A inocência já está para lá de enterrada. Gostaria de deixar bem claro: não quero ser conhecido como uma generalização. E não quero receber um rótulo ''diferente''. Quero que apontem para mim e evidenciem as minhas atitudes que me fazem ser uma pessoa séria. Não ao extremo, claro.  A seriedade seria uma caçamba de areia em cima de minhas ideologias.


Não sinto raiva. Não sinto desespero. Não guardei nenhuma mágoa. Só espero que aprendam a diferenciar as coisas e não me coloquem entre grupos que não alocam a minha forma de ser. Sou conhecido pelas características intimistas que possuo. Respostas mal construídas não irão empobrecer o meu caráter. Vou seguir em frente. Continuarei a viver e enriquecer estas minhas características. Afinal, esta é a melhor maneira de responder essas pessoas que generalizam. 

domingo, 13 de maio de 2012

O que vem depois da vírgula

Ser reconhecido por aquilo que mais dominamos é um fator que engrandece muito a vida. Seja com trechos, contos, crônicas, romances, poesia... Uma pessoa constrói uma rica história de vida quando nos acontece as mais variadas provas. Provas que justificam o merecido sucesso. Sucesso, mesmo que tardiamente, sempre é uma forma de nos remeter aos mais calorosos e singelos amores, carinhos e dedicações.

Benjamin Moser: autor de ''Clarice,''
Quando soube que a Clarice Lispector ganharia uma nova biografia, logo planejei: quero ler! Aprofundar o meu conhecimento sobre esta escritora que é a minha maior fonte de inspiração me tornaria uma pessoa mais penetrável no universo de Clarice. 

Um dos meus contos preferidos da autora é ''Felicidade Clandestina.'' Nele, uma menina sente um grande desejo pela leitura. Quando comprei a biografia, eu estava em Caicó. Liguei para minha mãe e ela me mencionou o fato: o meu livro sobre Clarice Lispector tinha chegado. Como eu ansiava pela minha volta! Esqueci completamente de Caicó para me entregar à Clarice. Como eu queria me sentir uma mulher com o seu amante! Como eu desejava possuir aquele livro, saber minunciosamente detalhes da vida desta que considero uma das maiores autoras do mundo.
 
''Já que sou, o jeito é ser.'' (Clarice Lispector)
Vários são os pontos altos da biografia. Li atentamente cada detalhe. Clarice, assim como outras pessoas, possui uma rica história de vida. Paixões, sofrimentos, momentos de alegria, desejos, sonhos... Clarice foi uma mulher de fibra. Sempre mostrando de que é capaz, dona de uma sinceridade e de atitudes inigualáveis, a autora mostrou ao Brasil todo seu talento. Talento este que perdura até os dias de hoje. 

Aclama por todos, Clarice deixou sua marca dentro de nossa literatura. Novas ideias. Novas formas de narrar, descrever. Romances marcantes. Personagens enigmáticos. O universo Lispectoriano é rico em detalhes. Aspectos que fazem de Clarice uma mulher forte, maravilhosa. Entrar em contato com este universo é entregar-se a um mundo de sonhos e veracidades inatingíveis. Clarice Lispector é uma autora que, assim como a menina de Felicidade Clandestina, demoramos a compreender. Vivemos no ar. Cria-se um orgulho e um pudor. Nos transformamos em uma rainha delicada. Clarice é uma felicidade que transborda. Um preenchimento para o coração que palpita em indescritíveis sensações de prazer. 

O Benjamin Moser também merece um destaque especial. Mergulhou fundo na história desta mulher esplêndida. Ele é a prova que uma pessoa pode, sim, penetrar nos mais profundos acontecimentos para perpetuar uma história tão forte, sublime, encantadora, emocionante. Um amor que merece todo o meu respeito. Através do Twitter, mencionei ao autor que estava prestes a começar a reler a biografia. Ele logo me disse: ''Que bom, Rodrigo! Clarice diz que "parece que ganho na releitura." Espero que seja o meu caso também. Abraços.'' Como não poderia deixar de ser, o Benjamin ganhou e muito. Não só em releitura, mas em admiração, carinho, respeito. Um trabalho minucioso, repleto de prazeres e de fortes emoções.


Se você, assim como eu e milhares de pessoas, sente esta admiração por Clarice Lispector, recomendo: mergulhe neste oceano que vai além da literatura. Não tenha medo de ir o mais fundo possível na rica história de Clarice Lispector. Uma grande mulher que soube ser singular dentro de nossa história literária. Uma grande autora que soube transpor para os seus mais variados escritos, tudo aquilo que vai além da imaginação. Entre em contato com uma das mais belas biografias que existe. Conhecer Clarice é conhecer o que de mais sublime habita em nós. Uma flor que constantemente exala perfumes encantadores. Que fascinam. Que estarrecem. Enfim, uma flor chamada Clarice Lispector.

sábado, 21 de abril de 2012

O silêncio nem sempre é a melhor escolha

Não. Eu não tive uma boa formação literária ao decorrer do meu ensino médio. As minhas professoras priorizavam outros conteúdos, mas aprofundar-se na literatura, isso elas não faziam. Com exceção de uma professora, que sempre nos despertava a curiosidade para ler e deliciar os romances, o assunto literatura sempre foi deixado um pouco de lado.

A minha curiosidade em conhecer e ler autores renomados sempre me deixaram muito feliz. Era uma felicidade tão grande que nem sentia as horas passar. Graças a essa minha curiosidade, conheci os meus autores prediletos. Machado de Assis, Clarice Lispector e Guimarães Rosa. Achava tudo tão formidável! Nunca pensei que a leitura pudesse me transmitir tanto deleite!

Agora, vejo a minha curiosidade vestir-se de preto e declarar um luto. Luto por mais uma vez um político brasileiro demonstrar inverossimilhança perante a sociedade. Como estudante de Letras, eu me sinto mais envergonhado ainda. Pois, aprendi que os livros, que já nem são tratados com tanto louvor assim por professores, escolas e pela própria politicagem, sempre transmitem as mais ricas e prestigiosas viagens aos mais desconhecidos lugares. 

O projeto de lei pretender proibir a distribuição de obras do renomado João Guimarães Rosa. Ele brindou o Brasil com obras magníficas, ''Grande Sertão: Veredas'' que o diga, agora corre o risco de ser silenciado nas escolas. Querem transformar Guimarães Rosa em um objeto de mera decoração. Todo reboliço está sendo firmado na linguagem que o autor utilizou em suas obras. Uma linguagem inovadora, que trata o Brasil como ele realmente é: formado pelas mais divergentes camadas, sotaques, regiões, crenças....Silenciar Rosa nas escolas é simplesmente um ato de covardia. As crianças e os jovens, sem me deter a idades, merecem e tem o direito de conhecer e admirar este que é considerado um dos grandes autores do nosso país. Salve Guimarães Rosa: ''Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens?''

''Quem muito se evita, se convive.'' (Guimarães Rosa)
Se isso já era uma notícia de estarrecer qualquer pessoa que ama e venera a literatura, o projeto de tal deputado pretende, também, a proibição das obras de Clarice Lispector. Eu, grande admirador desta mulher, sinto vergonha de tal projeto. Clarice não nasceu no Brasil, mas se sentia brasileira nata. Vangloriou o Brasil por onde passou. Suas obras são verdadeiros exemplos do talento literário brasileiro. Clarice simplesmente é uma autora que mexe com os mais íntimos e misteriosos sentimentos que se encontram reclusos em nós, mero seres humanos. Proibi-la nas escolas é um ato de extrema covardia perante aqueles que desconhecem os mais simplórios e verídicos sentimentos. Uma autora que sempre tratou de mostrar os mais variados temas sentimentais em suas obras que, aliás, se destacam pela ousadia. Seja na escrita ou na forma, Clarice jamais desmereceu a língua portuguesa. Pelo contrário: a mesma já disse que ''Uns cosem pra fora, eu coso pra dentro''. Ela sempre deixou bem frisado em seus contos, romances e outros gêneros o que de mais sublime habita em nós. Se ela cose pra dentro é sinal que muitos políticos nem aprenderam a coser. Salve Clarice Lispector em uma de suas frases mais conhecidas: ''A palavra é o meu domínio sobre o mundo.''

''Porque há o direito ao grito. Então, eu grito.'' (Clarice Lispector)
O projeto tende ainda silenciar vários autores (a lista é extensa). Mais uma vez, um político brasileiro me faz criar sentimentos negativos para o Brasil. Antes de mais nada, sou estudante, cidadão e futuro professor. Não quero que em minhas aulas tais autores estejam de fora. Aprendi muito com eles e não quero que gerações futuras desconheçam estes gênios literários que tanto deram prestígio ao Brasil. Vamos aguardar. Afinal, estou no Brasil. Aqui tudo pode. Tudo é liberado. Até silenciar quem tanto já cantou para o país.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Casamento Civil Igualitário: Um respeito

O casamento sempre foi visto como o ponto de partida para a felicidade. As mulheres são as principais personagens destes episódios: sonham em construir uma família, casar com o homem perfeito e ter a felicidade como o principal elemento desta união.

O tempo passa. E com a passagem deste mudaram as mulheres, os homens, as crianças, o país e, como não poderia deixar de ser, o casamento. A construção familiar mudou com a aceitação de algumas coisas da sociedade. As mulheres passaram a coordenar famílias e assumirem o posto de ''chefes da casa'', os homens passaram a aceitar a diminuição de seu espaço e famílias homossexuais passaram a surgir com mais frequência.

Eu, que fui educado para respeitar e aceitar as pessoas como elas devidamente são, sou de total apoio ao casamento de pessoas do mesmo sexo. Sempre achei que estas pessoas merecem e têm direito a felicidade. Ser feliz faz parte do manual de instruções humano. É uma lástima ver que muitas pessoas não pensam assim como eu, mas com força e fé estes preconceitos tolos darão espaço ao que de mais bonito e essencial uma pessoa deve sentir: felicidade.


Há poucas semanas, descobri que o Deputado Jean Wyllys criou uma campanha honesta a respeito da união homoafetiva: o Casamento Civil Igualitário. Uma campanha que visa mostrar que todos somos iguais. Nada nos distingue. Uma campanha sem fins religiosos. Uma campanha que, sem dúvida, evidencia o quanto a intolerância prejudica o desenvolvimento social. 


Vários artistas participam. Expelindo suas opiniões, tais artistas dão um show de respeito. Artistas que evidenciam o quanto o preconceito é uma coisa medíocre, que não se chega a lugar nenhum disseminando repúdio, intolerância, desrespeito e, principalmente, colocando de escanteio o direito a felicidade de todos.


Por isso respeito, creio e parabenizo o Deputado Jean Wyllys pela iniciativa. Uma campanha como esta serve de exemplo a todos os países. Que a honestidade desta campanha sirva para deixar bem claro que todos, homossexuais ou não, têm direito ao casamento. Faço das palavras do Dep. Jean Wyllys às minhas: ''O Casamento Igualitário fortalece o princípio constitucional de garantir os direitos a TODOS e promover o bem de TODOS sem discriminações.'' Então, desejo que TODOS sejam felizes. E para sempre.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O pobre jornalismo paraibano

Um dos deveres dos telejornais é transmitir informações e, quando necessário, prestar algum serviço à população. Quando isso ocorre, sinto-me grato. Poucas vezes vejo um jornal que se presta a isso. Infelizmente nem tudo são flores aqui na Paraíba. Há tempos enxergo a transformação que alguns jornais do estado sofreram.

O sensacionalismo chegou ao seu ápice. Matérias baseadas no sofrimento alheio, desgraças sendo colocadas em pauta, pouca prestação de serviço e, pasmem, um assassinato ao vivo. A ''ousadia'' é tanta que sinto vergonha. Vergonha por ver profissionais se prestando a transmitir tais imagens para uma população sofrida, com pouca instrução, que a cada dia lutam por uma vida melhor. A única coisa que posso fazer é lamentar-me. Sentir vergonha por tais jornalistas que pouco se preocupam com o conteúdo que estão transmitindo.


Antes de mais nada: não sou telespectador de tais telejornais. Acho ridículo um telejornal transmitir mais sofrimento para uma população sofrível. É de extremo mau gosto repórteres entrevistarem mães desesperadas ou até mesmo fazer piadas com presos e outros inescrupulosos que reinam na sociedade. Mais triste ainda é ver apresentadores tentarem ocultar os sensacionalismos e outras coisas banais que entopem os telejornais paraibanos. É  horrível ter que sintonizar em um canal e dá de cara com reportagens que não prezam o respeito ao espectador. Com exceção de poucos, alguns telejornais são altamente movidos pelas mais ridículas provas de sensacionalismo. 

A linguagem que alguns jornais adotam é a popular. Assim, eles conseguem alcançar um número maior de televisores ligados. Eu, repito, sinto vergonha de quem apresenta e mais vergonha sinto daqueles que cultuam tais telejornais e das emissoras que não controlam ''as desgraças'' que serão veiculadas. Ninguém é obrigado a assistir mais sofrimento. Exageram na dose e as lástimas se transformam em pautas e, em alguns casos, viram piadas, mesquinharias. 

O jornalismo paraibano está derrapando feio em suas informações. Poucos realmente se preocupam com o respeito. Outros, porém, continuarão a expor sensacionalismos frívolos. Apresentadores não assumiram seus devidos postos e continuaram com o estigma de ''animadores na hora do almoço.'' Há tempos o jornalismo paraibano se transformou em caso de polícia. Ou melhor: de justiça. Mas parecem não enxergar. Enquanto isso, eu desligo minha TV e almoço em silêncio. Sem a obrigação de assistir filmes de terror na hora de minha refeição. Infelizmente, o sensacionalismo será o principal ingrediente de tais jornais. É a maneira pobre de conseguir audiência. Pobre daquele que não possui outra alternativa. 

sábado, 17 de março de 2012

Um espetáculo chamado O Teatro Mágico

Falam que o ritmo que predomina na região Nordeste é o forró. O clichê ''quem vence é a maioria'' faz jus a este estigma: uma grande porção da região Nordeste curte e venera o forró. Não sou muito fã do ritmo. Sou um paraibano que curte outros ritmos. Prefiro músicas calmas, que transmitam mensagens. Músicas que falem da realidade. Até gosto de forró. Não gosto daquele forró que apela para as promiscuidades. Sou bastante eclético. Gosto de ouvir os consagrados da MPB. Curto o som do rock nacional. 


Tenho um gosto particular por uma banda que mistura várias nuances e culmina para um som perfeito. O Teatro Mágico possui músicas que me faz refletir. São letras que retratam o cotidiano. Mesclam romantismo e realidade. Oscilam entre a política e o popular. Ainda falam de arte, literatura, poesia. Destaca-se, também, os elementos circenses e teatrais. Enfim, diversas temáticas que, no fim, chegam ao estopim da perfeição.

Conheci a banda por acaso. Em um trabalho da Faculdade uma colega e eu falávamos sobre Gramática. Ela levou uma música da banda intitulada ''Sintaxe à vontade.'' Achei tão interessante! Poucos conjuntos musicais se dedicam a esta ''multiplicidade musical.'' Fui pesquisar. E comecei a ouvir assiduamente o som de O Teatro Mágico.


Sinceramente? Para mim é uma banda que merece todo sucesso que tem. Sem apelações, a banda consegue prender a atenção. Faz refletir. Como já mencionei, mesclam várias vértices das artes para transmitir belas mensagens. Não consigo selecionar uma música preferida. Gosto de todas! Todas as letras me transmitem paz.

Agora é só esperar o dia 11/05/2012 para curtir presencialmente o som desta banda maravilhosa. É um fato raro aqui em Campina Grande. Cidade que sempre conta com a presença das mesmas bandas de forró que, por sinal, já estão para lá de ultrapassadas com as suas músicas baixas e sem graça. Por isso, não medirei esforços para ir. Esperarei ansiosamente por este dia para chegar ao ápice do deleite.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Como explicar o meu amor pelos Gatos?

Hoje vou falar sobre uma das coisas que mais me agrada: gatos. Sou louco, apaixonado por gatos. Os meus gatos são os meus tesouros. Não me vejo longe deles. Cada um tem o que mais me agrada. Lamento por aqueles que já se foram, mas sempre tento, ao máximo, usufruir de todos que estão comigo atualmente.

Já tive gatos que agiam de maneira estranha. Quando lembro deles, percebo o quanto a saudade me conforta. Sim, ela me conforta. Eles sempre irão me proporcionar boas lembranças. Infelizmente, o bicho homem não suportou-os e fez o de sempre: mataram. Ridículo um ser humano matar um animal por desgosto e intolerância.

Vamos falar da atualidade. Tenho sete gatos. Por mim teria mais. E cá entre nós: os meus gatos são uma das coisas mais importantes para mim. Cuido deles como quem cuida de um mortal. Trato-os como pessoas. Eles têm nome de gente. 

Ysnobel está comigo há oito anos. Preguiçoso, chatinho e comilão, Ysnobel me transmite paz. Sempre que estou estudando, ele está ao meu lado. Cochilando, bocejando, me transmitindo deleite. Clarice é estérica! Chata, um pouco louca e detesta carinho. Minha gata Clarice é o ápice do meu amor. Como eu gosto desta danada! Ulisses é traquina. Sempre em pique, corre pela casa e me transmite alegria. Cecília é um amorzinho de gata. Tranquila, carinhosa e esperta, Cecília me transmite confiança. Gregório é medroso. Quando escuta algum barulho estranho, ele corre para se esconder. Capitu é um poço de santidade. Passa o dia dormindo. Ela não tem os olhos de ressaca, mas é a minha xodó. Joaquim é o que sofre preconceito por ser raquítico. Ele é o que mais transmite satisfação. Adora correr e brincar com a minha cadela Judite. Pode parecer estranho, mas os meus gatos são, sim, os responsáveis pelos meus melhores momentos.


Tanto carinho pode parecer babaquice, mas eu não me importo com os adjetivos alheios. Gosto e venero os meus gatos. Costumo falar que livros e gatos são os meus melhores amigos. E são. Eles me transmitem paz, confiança. Sempre que preciso, eles estão ali. Correndo, comendo, brincando... Não importa que travessura eles aprontem. Não importa quantos sapatos irei perder ou quantos livros serão rasgados. O que importa, de verdade, é que eles sempre serão os meus únicos e verdadeiros amores. 

Abaixo um dos meus poemas favoritos sobre gatos. 



O ronron do gatinho
(Ferreira Gullar)

O gato é uma maquininha 
que a natureza inventou; 
tem pêlo, bigode, unhas 
e dentro tem um motor.

Mas um motor diferente 
desses que tem nos bonecos 
porque o motor do gato 
não é um motor elétrico.

É um motor afetivo 
que bate em seu coração 
por isso faz ronron 
para mostrar gratidão.

No passado se dizia 
que esse ronron tão doce 
era causa de alergia 
pra quem sofria de tosse.

Tudo bobagem, despeito, 
calúnias contra o bichinho: 
esse ronron em seu peito 
não é doença - é carinho.

terça-feira, 13 de março de 2012

Sem Generalizações

Hoje fiquei estarrecido com um colega que vociferou as seguintes palavras: ''homossexuais são pessoas sem caráter.'' Se fiquei horrorizado? Claro que sim! É um absurdo uma pessoa que eu julgava culta, moderna e altamente confiável relacionar-se aos gays utilizando esta frase sem nexo.


Achei uma afronta. Sei que muitos irão dizer ''mas é a opinião dele.'' Meus caros, se eu não conhecesse bem este mortal também julgaria assim. Mas não foi uma simples opinião. Foi um desrespeito. Sei que ele é uma pessoa carregada de preconceitos. 

Muitos fatores me levam a ser contrário a esta afirmação. Primeiro: os homossexuais são pessoas maravilhosas. Merecem respeito e possuem muito caráter. Segundo: ao afirmar isto, o meu colega joga no lixo as diversas lutas que muitos homossexuais travam contra esta sociedade hipócrita. 

Achei tão ridículo isto. Dizem que o brasileiro é o povo mais batalhador que existe, mas vejo uma brecha que suja a imagem deste povo. Ao afirmar que tal grupo não tem caráter, as pessoas poucos se importam com o que os homossexuais pensam, sentem, lutam e veneram. O público gay não merece mais este estigma. Já basta o preconceito, a intolerância e o desrespeito que eles enfrentam. 

Afinal, quem tem caráter? Um homem que molesta crianças inocentes? Grupos de ladrões que explodem bancos, praticam atrocidades e chacinas? Políticos que entopem meias, cuecas, bolsas e outros locais desconhecidos com o dinheiro público? Ministros que estão envolvidos com o mensalão? Isso eu não ouvi o meu colega mencionar. 


Os homossexuais, assim como qualquer outra camada social, possuem um caráter excepcional. Nem todos são perfeitos, concordo.  Mas merecem respeito. Chega de preconceitos tolos, mesquinhos. Vários homossexuais lutam para fazer deste país um local melhor. Preconceito não leva a nada. Se você, meu caro colega, estiver lendo este texto, não se preocupe. Continuarei a admirar o seu caráter pobre e sua mente pouco abrangente. Eu cresci e fui educado para respeitar todos. Se você desconhece e não convive com gays, me perdoe. Sua índole não está surtindo efeito. Reveja os seus conceitos e não generalize.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Todo dia é dia da mulher


Mulheres:

O que seria de nós sem vocês? Vocês são tudo que um ser humano precisa para sentir a felicidade florescer. Vocês iluminam nossos dias. Nos mostram o quanto somos solitários sem a companhia de vocês. Donas de um ar invejável, toda mulher deve ser tratada com carinho. O que seria da sociedade sem vocês? Da literatura, do cinema, da política? O que seria deste planeta sem essa vontade de sempre mostrar que são capazes? Que o espaço de vocês nesta sociedade cresça ainda mais. Que conquistem mais vitórias. Que o amor vença todas as diferenças. Que as felicitações não durem apenas o dia oito de março. Desejo uma vida repleta de paz, harmonia, vitórias... Sempre o melhor para trilhar os caminhos de vocês, jóias que engrandecem este país. Enfim, que vocês, mulheres, sejam mais amadas por filhos, maridos, familiares, amigos, desconhecidos... Mulher se trata com carinho e respeito. Mulher é o que mais precisamos. Afinal, sem elas o mundo não teria graça. Que a vida de todas as mulheres sejam cobertas pelos mais belos e sinceros sentimentos.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Verdadeira Face

E essa urgência de ser feliz é o que me revolta. Incrível como a sociedade só valoriza quem está de bem com a vida e transparece alegrias e risos perante todos. Bobagem! Estar feliz consigo mesmo é o que mais importa.

Às vezes a tristeza e a solidão são nossas maiores companheiras e quando enjoamos das pessoas que fingem alguma coisa, aí sim, elas se transformam em nossas maiores aliadas. E temos que seguir os padrões dessa sociedade hipócrita que escolhem a pior forma de demonstrar a felicidade: com atitudes mesquinhas, que soam falsas, elas não sabem valorizar o melhor de si. E lá vem a mentira, o descaso, a falsidade. Eu não sou feliz. Não esbanjo simpatia com todos.


Minha antipatia, minha tristeza, meus momentos de raiva são os ingredientes cruciais para mostrar quem realmente sou. Não quero utilizar de uma felicidade surreal, que não mostre o que sou verdadeiramente. Gosto que falem de mim pelas costas e pouco me importa o que acham ou sentem por mim. E é isso que me faz uma pessoa forte: tratando os restos como devidamente devem ser tratados e as más línguas, essas sim, trato com todo cavalheirismo.


Afinal, animais como esses precisam de felicidade e motivações alheias para criar um caráter imbecil, idiota e trivial que por mais que tentem ser ''sinceros'', só demonstram o contrário: não passam de lesmas rastejantes que, sem cor e sem sabor, só mostram uma faceta: aquela nojenta e repugnante que não convence ninguém. Aprenda a ser você mesmo para, depois, sair gastando saliva com a vida alheia.

Não adianta ser um comunicador da vida de outra pessoa sem antes saber se o que você realmente é está à flor da pele.

terça-feira, 6 de março de 2012

Elisa que me fascina

Quando uma pessoa consegue desempenhar várias funções, eu passo a admirá-la. E com profundidade. Pessoas assim são dignas de uma ascensão profissional e pessoal que enchem os olhos de nós, admiradores, de prestígio, deleite e satisfação. 

Jornalista, Atriz, Cantora e Poetisa. Estas funções são desempenhadas por Elisa Lucinda. Uma mulher que consegue transparecer carisma com suas palavras, atitudes e composições. Dona de um talento estarrecedor, Elisa me deixa fascinado e toda vez que ela aparece eu me  torno o ser mais atônito que existe. Enfim, é uma mulher para admirar com sensibilidade, carinho e respeito.


Conheci a Elisa quando ainda cursava o meu ensino médio. Uma das minhas professoras trabalhava um de seus textos, ''Só de sacanagem'', durante a aula. Não resisti. Tive que pesquisar quem era esta mulher esplêndida que conseguiu descrever tão bem uma das situações mais incorrigíveis deste Brasil. Quando vi na internet de quem se tratava, fiquei em choque: esta mulher, que muitas vezes acompanhei em novelas, é autora deste texto maravilhoso. Fiquei em transe durante minutos. 

Fui mais fundo e passei a ler seus poemas em sites e em blogs. Como eu me deliciava lendo versos tão maravilhosos, cheios de lirismo, veracidades e outros milhões de adjetivos. Como esta mulher conseguiu me prender. A cada poema eu me sentia maravilhado e passava horas lendo suas composições para lá de fascinantes! 

A jornalista, atriz, cantora e poetisa Elisa Lucinda

A Elisa Lucinda sempre me transmitiu paz. Sempre que entro em contato com as suas poesias, eu sinto que algo dentro de mim se acalma. Ela compõe poemas que mexem com o mais íntimo, com a mais profunda sensibilidade. Elisa que nos prende em uma teia de amores, afetos e carinhos. Elisa que nos alucina com seus versos de puro romantismo. Uma mulher que sabe transmitir literatura. Enfim, uma Elisa Lucinda susceptível.

Abaixo dois dos maravilhosos textos de Elisa Lucinda:



Reconstituição

Tive de repente
saudade da bebida que eu estava bebendo...
tive saudade e tentei me lembrar que gosto faltava,
qual era a bebida...
Fui procurando entre copos e móveis
e dei com sua boca.

A saudade era dela
A bebida era o beijo.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Amar sem distinções

Em um país como o nosso, as pessoas são as várias vertentes de uma camada. Camada essa que nos enche de orgulho pela luta ativa de todos os dias, seja pelos direitos ou pelos deveres. Mas nem tudo são patriotismo e orgulho. A cada dia somos acamados por pessoas sujas, preconceituosas e, principalmente, medíocres.

Com uma hipocrisia visível, as pessoas preferem as mentiras a conviver com as verdades que tanto caminham entre nós. A luta mais vã da atualidade é a aceitação dos homossexuais entre aqueles que julgam tal grupo ''diabólico'', ''estranho'', ''do capeta. ’’ O que os homossexuais têm? Simples: um caráter igual ao de todo mundo. Uma porção da sociedade condena, discrimina, os julgam como '' filhos do capeta'' e milhões e milhões de adjetivos ridículos que prefiro ocultar. O que os torna diferentes? Simples: nada! Isso mesmo: NADA! Pagam do mesmo imposto, elegem os mesmos políticos, comem da mesma comida e assumem uma identidade nesse ''país de todos''.


A homossexualidade sempre foi muito cultuada e discutida, mas esquecem do essencial: são seres humanos. São pessoas que lutam pelos seus ideais a fim de serem aceitos e reconhecidos como pessoas completamente normais. Contudo, boa parte da população manifesta-se contrariamente, o que vem a me decepcionar. Nós que brigamos, fomos torturados, enganados, roubados, perdemos tempo e desenvolvimento por que Alice ama a Lúcia e o Tiago ama o Edson. Poupe-me da hipocrisia! Desde quando o amor entre pessoas do mesmo sexo influencia caráter de alguém? Desde quando essas mesmas pessoas devem ser colocadas de lado e não devem construir sua família e serem eternamente felizes?

Devemos é retirar o nariz de palhaço e aceitar a realidade. Uma realidade concreta, verídica, limpa, em que pessoas devem lutar (ou até mesmo perder a vida precocemente) para adquirir uma felicidade. Homossexualidade é a coisa mais natural do mundo. Existe em todas as partes. Não é doença contagiosa e muito menos exemplo para o ''mau caminho''.



O que nós devemos é reavaliar nossos conceitos e nos submetermos ao essencial que é amar a todos sem distinção de sexo, raça, cor, posição social e orientação sexual. Amar o próximo e fazer dele o fruto mais maduro e saudável da vida. Amando, aceitando e enxergando a verdadeira face da moeda.

sábado, 3 de março de 2012

Sonhos Plúmbeos

O amor me fere é pela alma. Isso mesmo: pela alma! Como pode uma pessoa me completar tanto assim? Como pode uma pessoa não estar comigo mesmo sabendo desse amor imenso que carrego comigo? Perguntas que nunca saberei responder. Juramos amor eterno, fizemos planos invejáveis e hoje estou aqui sozinho, sem receios e com um vazio tremendo. Ninguém me aconselha. Eu sempre sou o gravador daqueles que confiam em mim e me relatam suas histórias de amor.

Eu, particularmente, gosto de amar em silêncio, com a mão no peito e deixo me levar pelas boas recordações que tivemos um dia. Se você, amor meu, estiver lendo essas palavras, não ria, não conte a ninguém. Não é segredo, nem confidência: apenas uma nova maneira de amar. Amar uma pessoa assim não me faz um ser completo, não me faz uma pessoa de bem com a vida. Não tenho você ao meu lado, não tenho você como gostaria, mas tenho você em minha memória e sempre estou pensando em ti: de forma doce, cautelosa e sóbria. É como se estivéssemos juntinhos, unidos, braço com braço, boca com boca e você me fazendo rir e me fazendo promessas. É nessas horas que eu vejo que cada minuto, cada momento ao teu lado, foram simplesmente fantásticos, maravilhosos. Como eu queria modificar isso, fazer de você minha obra-prima. Como eu gostaria que você enxergasse: com certos anseios planejo o futuro lembrando-me do passado e convivendo com o presente. Sinto um vazio dentro de mim: não é fome e nem carência: é melancolismo.


É aquela sensação de estar moribundo sobre um mar de paixão, de estar sempre em contato. São sonhos plúmbeos, escuros, tristes. Acordo e vejo tudo cinza. Não tenho você ao meu lado para me encher de felicidade. Cheia de cor. Uma aquarela de sentimentos.

Não estais aqui. E nessas horas, a memória é digna de uma fidelidade. Sempre que penso em você me sinto assim: fiel a você. Fiel aos momentos que passamos juntos. Fiel aos momentos que nos amamos. Fiel, sobre tudo, a mim. Isso mesmo: a fidelidade me faz corajoso para poder aguentar esses momentos evasivos. Esses momentos que tenho que estar sem você. Um vazio. Uma solidão. Enfim, sem você.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Tenho você todos os dias

Cheiro de novo. Livrei-me de todo aquele mofo que guardava em mim para dar espaço a algo novo. Demorou, mas consegui. Vi que todo aquele amor, na verdade, não passava de saudosismo e ilusão. Aprendi que pessoas sempre nos fazem sofrer e que o sofrimento só faz a dor crescer. Mas abominei. Esqueci, lutei, chorei, me tornei independente e fiz crer na solidão, minha maior aliada. Companheira de sempre, a solidão me fez aceitar o tempo.


O tempo é o remédio mais natural que a vida pode proporcionar. Quando damos tempo ao tempo, nós aprendemos que a vida é assim: um dia por cima, outro por baixo. Lágrimas sempre se farão presente, mas não é tudo. Idiota de quem acredita em pessoas falsas, medíocres, efusivas. Aprenda que a felicidade se consegue com muita simplicidade, carinho e admiração.

Eu consegui obter a felicidade graças à solidão em que fiquei recluso. Reservei-me completamente e não quis acreditar mais no amor. Amor só é verdadeiro quando duas pessoas se unem e tornam-se uma só. Felicidade, essa sim, só se consegue com muita luta e honestidade. Esqueci que, um dia, dediquei-me a um sentimento que não me excitou e só me fez sofrer. Retirei essa pessoa de minha vida e me senti leve, de bem com a vida. E eis que o tempo mostra toda sua audácia: surge, em minha vida, uma pessoa capaz de me fazer feliz extremamente. Que me entende, me completa, me faz feliz, me deixa mais corajoso.


Essa pessoa surgiu para me satisfazer todas as vontades que estavam ocultas em mim. Desejos que se expressam por minha pele, olhos e coração. Em ritmo acelerado, eu consegui me tornar mais feliz e aceitar mais essa louca e esquisita maneira de se viver. Aprendo cada vez mais com os erros e acerto com as dúvidas e previsões. Tudo que eu quero é amar sem limites. Torcer para que esse amor seja duradouro, infinito. Portanto, um cheiro de novo está impregnado em mim. Joguei todo aquele amor velho ao vento e torço para que faça alguém feliz. Abri os armários do meu coração para um novo amor, para a felicidade.

E sinto, profundamente, que serei feliz. Mesmo que dure pouco, mesmo que seja rápido, ser feliz é a minha meta principal. Amar? Isso eu faço todos os dias. Pois, amo todos aqueles que estão em minha volta, que me transmite confiança, afeto, companheirismo. Ser feliz? Basta querer. Lutar para que, na vida, nem que seja uma única vez, possamos ter a felicidade como nossa aliada na arte de se viver intensamente.


Pena que este sonho durou um átimo de segundo. Quando acordei, dei de cara com a solidão. Ela zombou de mim. Altas gargalhadas machucavam meus ouvidos. Fiquei com a boca seca e com uma vontade tremenda de falar umas verdades. Não consegui. A verdade estava na minha frente: a minha solidão de todos os dias.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Decepção

Espero desde a fragilidade dos meus desejos, 
o teu olhar estremecedor. 
Já te cultuei tantas vezes que, quando nos
rendemos as armadilhas do amor, 
descobri que não eras
o que eu esperava. 
Desejo, mais que tudo, que desapareças
de minha vida. 
Não quero que atrapalhes os meus instintos
amorosos-selvagens em que o meu corpo 
clama por corpos
indescritíveis.
Se você não for, sem problema.
Desapareces do meu pensamento.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Um grande talento chamado Rachel Sheherazade

Admiro e muito a profissão de Jornalista. Sempre reverenciei estes profissionais por sua competência, carisma, garra e força de vontade. Até pensei em seguir a profissão, mas acabei optando por Letras e deixei o Jornalismo para algo futuro. Afinal, nunca é tarde para realizar seus sonhos e quando eu quero alguma coisa, amigos leitores, luto e me esforço profundamente.

Vários profissionais da área jornalística merecem o meu carinho, respeito e admiração. São profissionais que se dedicam de verdade, que transmitem veracidade, astúcia e competência. Ou seja: são homens e mulheres que fazem de tudo para deleitar quem os assiste e, como não poderia deixar de ser, deleitar a si mesmos. 

Atualmente, uma Jornalista em questão está merecendo todo o meu respeito, audiência e carinho. Todas as noites, eu me sinto agraciado assistindo-a. Paraibana, assim como eu, a Rachel Sheherazade é uma das grandes vozes de nosso jornalismo.

A jornalista Rachel Sheherazade a frente do Tambaú Notícias. Jornal que apresentava antes de assumir o SBT Brasil.

Rachel, antes de assumir um jornal de cunho nacional, apresentava um jornal local, o Tambaú Notícias, em João Pessoa. A TV Tambaú, que é filial do SBT na capital da Paraíba, não tem sinal em Campina Grande, cidade que moro. Pouco sei sobre sua vida profissional e pessoal, mas só o seu talento me faz sentir completo. 

A jornalista tornou-se mundialmente famosa após tecer um comentário a respeito do carnaval. Comentário, aliás, que transmite toda verdade a respeito desta festa que os brasileiros tanto veneram. De lá para cá, eu passei a esperar ansiosamente pelos seus próximos comentários.

Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba, Rachel Sheherazade logo chamou a atenção de Sílvio Santos, dono do SBT. Contratada para apresentar, agora, um jornal que abrange um âmbito nacional, ela não decepciona. E lá está a Rachel: honrando sua profissão, matando de orgulho vários paraibanos, expondo, como sempre fez, suas opiniões de forma direta e verossímil, nos brindando com carisma, competência, beleza e talento.

Joseval Peixoto e Rachel Sheherazade: apresentadores do SBT Brasil.

E desde o dia 30 de maio de 2011, eu acompanho o SBT Brasil. Se eu não disser que é por causa da Rachel, estarei mentindo. É por causa dela, sim. Poucos jornalistas possuem a ousadia que ela possui. Falar o que pensa, sem se submeter aos famosos sensacionalismos, poucos jornalistas conseguem. Por isso, admiro a Rachel por sua audácia e ousadia. Audácia por falar tudo que pensa de forma direta e verdadeira. Ousadia por ser uma jornalista comprometida com o que faz e não são todos que, em um canal de tevê aberto, possuem a coragem de expor o que pensam. Continuarei assistindo-a. Aumentando o volume da televisão na hora de seus comentários, fitando os meus olhos no vídeo a fim de acompanhar um telejornal que transmite veracidade e admirando o talento e o carisma da Rachel Sheherazade. Que é, com toda certeza, um orgulho para a Paraíba. 



terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Falso Rótulo

Criticam-me por causa de minha antipatia. Não conseguem entender que eu não consigo ser simpático com todos e insistem em me rotular como chato. Não sou chato: só tenho uma visão seletiva. Não consigo mostrar os dentes para pessoas que não me agradam. Veja bem, eu não odeio as pessoas.


Até acho elas chatas, mesquinhas e insossas, mas não tenho motivos e nem situações cômicas que me fazem ser ''o maior simpático que já existiu.'' Em determinados locais entro mudo, saio calado e só falo com quem eu conheço. Depois, chego a locais onde pessoas não me respeitam e cochicham e me olham dos pés a cabeça e ainda tenho que ser simpático? Não mesmo.


Isso tudo faz parte do meu caráter. Odeio boa parte da sociedade e idolatro meus amigos. Mas dizer que sou chato ao extremo, isso eu repudio! Quem quiser me amar, me ame do jeitinho que sou: alegre, simpático, sincero, meigo, carinhoso. Faço questão de revelar de imediato quem sou: uma pessoa rude, exigente, livre de preconceitos e que ama todas aquelas pessoas que me proporcionam um mínimo de alegria, de força de vontade e que não se importam com a minha presença que, pode ter certeza, não é chata.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Simplórias palavras de amizade

Dos milhares de defeitos que possuo, o maior deles é acreditar de mais nas pessoas. Dedico-me tanto e elas não fazem o mesmo por mim. Aprendi a dizer não. Aqueles que só me exploravam, hoje imploram meu perdão e eu dou de ombros e finjo não enxergar. Não ligo que me façam de idiota: na verdade, busco sempre um aprendizado, uma nova forma de encarar o humano.


Não escondo minhas reais intenções. Todos sabem da minha sinceridade extrema. Do meu jeito estranho de levar a vida. Da minha aspereza. Da minha forma de transmitir humor. Do meu gosto mais particular. E do essencial: eu cultivo uma amizade, seja com quem for. Por isso, repito sempre: só é sua amiga aquela pessoa que te surpreende com atitudes inimagináveis.


Do nada, começa-se uma nova forma de amar, de compartilhar. Cultive seus amigos verdadeiros. Os que brincam com teus sentimentos, exclua. Esqueça. Pessoas assim não precisam dos nossos esforços para alegrá-las. Quero ser feliz, mas de qualquer modo precisarei de um amigo para seguir comigo nesses caminhos difíceis.

Caminhos que nem sempre são fáceis, mas que não são impossíveis quando estamos ao lado daquela pessoa que chamamos de amigo, irmão. Só quem possui um amigo verdadeiro entenderá estas simplórias palavras. Uma lição para a vida.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Uma breve amargura

Nada de doce. Minha vida é mesmo amarga. Eu sou amargo comigo mesmo e, algumas vezes, com o próximo. 

Nada de bancar o idiota. Insistem em me enganar, em me maltratar, em me iludir. Nada está sendo doce. Minha vida está sendo é muito dura, passível de significado. 

Precisa-se de um professor na arte de contar verdades. Isso mesmo: verdades! Cansei de hipocrisia. Cansei de achar que todos me amam. Cansei de esperar atitudes. Afinal, poucos se importam com o meu estado de vida. 

Não estou para elogios. Que minha amargura se propague entre todos: amigos, família, sociedade. Que causem risos, que arranque lágrimas e que provoque a ira dos tolos que enchem minha vida com fatos ilusórios, medíocres. 


Quero que a minha amargura se perca nos braços de um grande amor: mesmo assim, não cederei. Não serei doce. 

Fui doce uma vez e os açúcares não me deleitaram completamente. Por fim, desejo que tudo na vida de vocês, leitores, esteja doce. Pois, a minha está amarga.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Depois de um sonho

Noite feliz aquela. Tão feliz que só me restam lembranças, das quais não quero esquecer nunca. Fui tão amado e me senti tão domado que meus olhos encheram-se de lágrimas e meu estado emotivo evolui e me fere completamente. 

Nesta noite, me senti completo: com palavras e situações pude perceber que alguém me amava e que eu amava também. O calor do amor me consumia e eu me sentia recheado de paixão. Eu exalava carinho pelos meus poros como ventos de felicidade.


Como me senti estufado de amor e eu nem sabia o que isso significava! Depois dessa noite me senti mais amável, mais compreensivo, capaz de aceitar as imoralidades que rondam o planeta. Fui até o céu. Voltei. Subi novamente, mas desta vez pelas paredes. Um fogo me consumia e lá vinha à água da paixão acarretar para a felicidade. 

Quando essa noite passou, pude acreditar que tudo não passou de um sonho. Aqueles sonhos bons, repletos de florzinhas alegres e tempestades de coraçãozinhos. Um sonho tão real que eu pensei em fechar os olhos e nunca mais acordar. Infeliz de quem acredita em palavras de um amor não-verdadeiro! Fui enganado. Fui usado e toda minha autoestima desapareceu por completo.


Eu não acredito mais em amor à primeira vista. Acredito em amor real, amor consumado, amor que se pode compreender, aceitar e degustar. Voar entre aqueles braços, que apertam, que confortam e que nos ensina a amar com repletas atitudes, alegrias e sorrisos: o que mais desejo. Talvez este seja um desejo irrealizável. Em sonho, tudo foi maravilhoso. Na vida real, tudo não passa de ilusão.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Sempre Perto do Coração Selvagem de minha vida

''Nela havia uma qualidade cristalina e dura que o atraía e repugnava-lhe simultaneamente.'' 
(Clarice Lispector sobre Joana, a protagonista do romance Perto do Coração Selvagem)
Não. Não estou aqui para relatar todo o meu amor por Clarice Lispector. É de conhecimento de todos que a autora é uma espécie de musa para mim. Sei que Clarice compõe o mais alto sentimento que um leitor pode ter por seu ídolo. Seus romances, seus contos, suas crônicas, sempre representam algo muito forte para mim. Ao entrar em contato com Perto do Coração Selvagem, pude ter a certeza de que Clarice representa mais que um romance. Ela representa todo meu ser. Seja nos sentimentos reclusos ou nos mais expostos possíveis.

Quando li Perto do Coração Selvagem, eu me identifiquei muito com a protagonista deste romance, a Joana. Uma mulher de fibra, com atitudes animalescas, cheia de incertezas. Publicado em 1944, Perto do Coração Selvagem é o primeiro romance de Clarice Lispector e a minha primeira experiência em romances com a autora. Um romance que trava uma luta com o próprio subjetivismo, uma ruptura com o enredo tradicional e muitos outros elementos que fazem deste romance um diferencial em nossa Literatura.

O romance conta a história de Joana, menina órfã e que viveu a infância ao lado do pai, a quem confiou, por meio de brincadeiras, suas incertezas infantis. Sonhadora, contemplativa e, inconscientemente, provocava os adultos com suas questões e opiniões. Sua mãe, Elza, morreu quando ainda era muito pequena. Sendo assim, passa a morar com os tios. Logo nos primeiros dias de convívio, a dureza revela ares de hipocrisia. A relação de Joana com sua tia é tensa, mas conseguem viver sob o mesmo teto. Um dia, Joana rouba um livro quando vai às compras com sua tia. Tudo isso não passa de um teste para assustar a si e aos outros. Desaprovando esse tipo de conduta, a tia pede ao marido que encaminhasse Joana a um colégio interno, onde as diferenças, entre a menina e o mundo que a cercava, iriam se acentuar. A constante vocação para o mal e o desconhecimento de si mesma faziam parte do processo de descobrir-se, encontrar a razão de ser de sua existência. Durante este processo, surge um Professor que a aconselha, lhe dá ouvidos, mas tudo na medida do possível. Tal professor torna-se o amor de adolescente de Joana. O professor, casado, faz Joana sentir inveja da esposa e faz a pobre adolescente sofrer as dores de seu primeiro amor. Ao sair do internato, Joana casa-se com Otávio. Este, por sua vez, mantinha um relacionamento amoroso com Lídia, sua ex-noiva, a quem engravidou. Isso seria a causa da separação entre Otávio e Joana, além da diferença de temperamentos, expectativa de vida e compreensão de mundo do casal. Joana descobre o enlaço amoroso entre Otávio e Lídia e encara com naturalidade esta situação. Não provoca escândalo nem drama. No entanto, no seu interior, esse fato lhe causava muitas reflexões. Uma delas é o projeto de ter um filho com o marido, antes de devolvê-lo à rival. Isso não se realizou e Otávio partiu, deixando uma suposta promessa de volta no ar. Logo após a separação, Joana começa a ser seguida por um homem desconhecido durante algum tempo. Um certo dia, ela se viu na casa desse estranho e, sem sequer saber-lhe o nome, desejando conhecê-lo por outras fontes e por outros caminhos, com ele teve alguns encontros. O desconhecido que, para ela, era mais um salto para sua auto-investigação, um dia, acabou partindo. Por fim, Joana também parte. Embarca sozinha para uma viagem não muito bem definida, dando a entender que, naquele momento, teria condições de se resgatar. (Fonte Passeiweb)



Reconheço: identifico-me muito com Joana. A personagem possui certas atitudes que eu também tenho (ou tive, não sei ao certo) que já levaram a me perguntar e tentar descobrir quem verdadeiramente sou. Uma constante briga com o meu subjetivismo interior. É mergulhar a colher na tigela do inconsciente e nada sair desta. Ler Perto do Coração Selvagem me levou a ter uma visão mais profunda de mim mesmo. Pude entrar em contato com a minha introspecção. De início, o enredo parece um pouco incompreensível, mas é um romance que marca, que mexe com os íntimos de quem se dedica a esta história. 

Portanto, li e recomendo Perto do Coração Selvagem para todos que ainda nem se quiser chegaram perto do seu martírio interior. Assim como Joana, eu também busco uma definição para mim mesmo. Pude observar os meus conteúdos, os meus próprios estados mentais, tomando consciência deles. Um dia embarcarei sozinho para uma viagem e verei se tenho condições para resgatar-me. Não será fácil, mas farei o possível para, enfim, estar sempre perto do coração selvagem de minha vida.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O real motivo para sentir felicidade

    Amar é sofrer. Amar faz bem. Amar é o verbo mais conjugado por pessoas que se iludem com ele. Por isso, eu amei a pessoa errada e agora sinto uma alegria que me contagia. É que a pessoa que me fez sofrer me ensinou a cultivar as dores como algo bom, como um ensinamento.


    Não adianta brigar, chorar, tentar suicídio: o ponto de partida para a felicidade é encarar com naturalidade as perdas e fazer de cada lágrima uma nova forma de viver. Assim, lute com todas as forças e faça de você um muro: alto, forte e que ninguém venha com um sopro e derrube. 

    Conto de fadas é para pessoas fracas, que não medem esforços para abdicar a tristeza. Tristeza? Faz parte do passado. Alegria? É o meu presente. O futuro? Bem, o futuro eu não sei. 


    Só sei que o meu futuro está reservado para uma pessoa que vai me amar sem esforços, com carinhos indescritíveis, com agonias e pecados imperdoáveis. Lutar para ser feliz é o que faz da vida a maneira mais rica de se obter felicidade.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Relato de um ser que encontrou a felicidade

    Tentei aprisionar a felicidade em uma gaiola, mas não consegui. Entendi que felicidade é algo que se busca no interior, em momentos compartilhados com quem amamos e em situações em que nos sentimos donos, reis, soberanos da vida. 


    Tentei ser feliz e consegui. Quando estamos em estado agudo de felicidade, não conseguimos pensar em choro nem em tristeza. Afinal, devemos chorar pelas coisas boas que conseguimos. Uma pessoa já me fez feliz. Hoje em dia, ela não existe mais. Não morreu e nem desapareceu. Ela simplesmente sumiu de mim. Não me fazia feliz como outrora e resolvi esquecê-la. Mesmo assim, a felicidade reina em mim. 

    Amor e felicidade andam pelo mesmo caminho e sou feliz por amar e por me sentir tão bem ao lado daqueles que me aceitam, me compreendem e que fazem de tudo para que essa felicidade se propague. Não me deixam abaixar a cabeça e fazem de mim o ser mais risonho, mais magnífico, mais satisfeito possível. 


    Busquei a felicidade e dela não quero me perder. FE-LI-CI-DA-DE. Assim, com todas as letras. Sinto-me feliz e compatível com as minhas próprias ideologias.