quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Louco Amor

Muitos me classificam como louco. Creio que o adjetivo associa-se perfeitamente com esta minha fase atual: louco por amar alguém que não me ama. Louco, pois sou um idiota em não enxergar as situações corriqueiras e falsas que estão bem na minha frente. 

Amei, sim, aquele cafajeste. Lutei e relutei para que o nosso amor fosse eterno. Afinal, não é o Vinícius de Moraes que nos diz que a infinitude deve durar? Não sei se ele me amou. Só sei que eu amei de forma incomensurável, digna de um troféu. Toda pieguice, no entanto, extinguiu-se. 

Insisto: sou louco por ainda amar uma pessoa que não demonstrou uma prova de amor por mim. O bem que eu quis transformou-se, rapidamente, em pó. Cinzas que atirei na primeira poça que encontrei. Nem todo mundo merece o bem que nós cultivamos. Desperdiçam este puro sentimento como algo que não se recicla. O bem passou, mas o meu amor ainda permanece.

Coração burro, medíocre e insensato! Por que ainda insistes em amar este homem? Não consigo entender este amor avassalador que ainda sinto por ele. Então, coração mentecapto, me diz o porquê de eu amá-lo tanto assim? 

Sou um louco mesmo! Sou muito louco! Só sendo louco para aceitar uma situação dessas. A minha loucura chegou ao ápice de sua incompreensão. Adeus, meu grande amor! Este louco aqui acaba de partir para uma viagem sem volta.


(Texto baseado na canção ''Só Louco'', de Gal Costa)

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