domingo, 25 de agosto de 2013

Os amigos de outrora

Mais uma noite de sábado ao lado de amigos muito queridos. Diferentemente dos outros sábados, ontem eu pude me juntar novamente com amigos de outrora. Considero o nosso reencontro um ato de extrema pureza, amizade e carinho.

É sempre bom contar com amigos que, independente do tempo, são nossos companheiros fiéis na arte de sorrir. Ontem eu fui recebido com um caloroso abraço e saí com a mesma sensação de bem estar. Os meus velhos amigos tornaram-se muito importantes para mim. Tanto que decidi reservar uma noite para eles. Noite esta que se enquadra nos padrões da boa comunicação.

Como sempre, esta amizade começou nos meus tempos de escola. Matávamos aula só para nos reunir e jogar conversa fora. Sou sincero em admitir: estes meus velhos amigos foram os responsáveis por me fazerem bem. Esqueci de várias dores e decepções ao lado deles. Nosso tempo de escola foi tão estupendo que, mesmo após concluirmos o ensino médio, íamos até lá só para relembrar dos sorrisos, das piadas, das lágrimas e de tudo aquilo que conseguimos elencar durante nossa trajetória amistosa e escolar.

Seguimos caminhos opostos. E, com o tempo, nos afastamos. Diariamente sou surrado pela saudade. As lembranças me fazem refletir e me comovo todo ao lembrar dos ótimos momentos que vivenciamos. Clarice Lispector, em seu belíssimo conto ''Uma amizade sincera'', diz que ''Amizade é matéria de salvação''. Realmente, é. Salva-se várias vidas com uma boa dose de amizade. Os meus velhos amigos são remédios que me transmitem carinho, festa, gosto de bem estar e paz. Hoje, nós estamos separados. Culpa do destino? Acho que não. Na cartola da vida nós ganhamos surpresas como esta: cada um seguindo o seu destino, constrói-se vidas e não podemos desviar a reta. Meticulosamente são traçados. Da mesma forma que nós nos separamos e ficamos com tudo registrado na memória. 

Conheci novas pessoas e estas se transformaram em ótimos amigos. Não consigo esquecer dos meus velhos amigos. Reúno-me com estes novos laços amistosos, mas a lembrança dos de outrora me persegue, me tortura, me bate. Choro de saudade toda vez que reencontro-os. Rapidamente as lágrimas somem e um grande sorriso estampa o meu rosto. 

O tempo passa e os meus velhos amigos permanecem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário